domingo, 1 de novembro de 2009

O CONVITE DO DR. SAAVEDRA

Por Werner Ximendes Beck
Estes dias, recebi um telefonema de nosso amigo Luis Saavedra, o popular Cabeça. Conversa vai, conversa vem, ‘tá chovendo aí, e a mulher como vai, e as crias, e os cachorros, tudo fluindo normalmente num papo amigável. Daí veio o convite: “Vamos tomar um uísque e umas cervejas Zilertal ...” - interrompi sem deixar ele terminar e respondi afirmativamente. Daí ele complementou:”... , em Montevidéu?”
Não costumo voltar atrás de uma decisão, me precipitei, aceitei a proposta antes de ser completamente formulada, só me restou ir, mas, mais contrariado que gato a cabresto. Por sorte a crise passou logo que desliguei o telefone.
Coisa complicada. Não tem mais o vôo Bagé – Lavras do Sul, via Montevidéu. Contaram-me que é uma aerovia muito utilizada por OVNIs, que já tinham ocorrido vários incidentes com alienígenas, queriam fazer pegas com os aviões. O derradeiro vôo ocorreu quando o campeão mundial de tiro ao disco de vinil, que é de Bagé, cheio de cachaça, pegou a “12” e queria atirar nos discos. Tremendo vexame. Aproveitaram para impedir que a modalidade entrasse para as Olimpíadas. Nunca mais conseguiram reverter a decisão.
Restou-me ir de carro, complicado também porque não sei ler as placas de trânsito. Lá elas são chamadas de “carteles” e cartel eu só conheço o do petróleo. Depois tem o problema dos números. Quem me garante que um cartel que diz “45” significa realmente “45”? (“Bananas ou laranjas?”, como dizia o Professor Gesner Carvalho). As pontes, que lá “puentes”, por sorte são como as daqui - é só passar por cima!
Tem mais: quando falaram em “pesos”, eu já fui falando que não tinha vocação para halterofilista. Prosseguindo o mal-entendido, insistiram que eu tinha que levar “pesos”. Respondi que eu, a Cristiane e as malas já éramos pesados o suficiente, que o carro ia sofrer com o peso extra, por sorte, depois de 53 minutos e 17 segundos de explicação, entendi que o assunto era a moeda uruguaia. Por vezes, fico impressionado com a minha velocidade de raciocínio, rápida demais, chego a ficar tonto.
Resolvidos os contratempos, comprado um mapa (eu sou da Cavalaria, não faço nada sem orientação), pegamos a estrada, a Ruta 8, e fomos embora. Eis algumas fotos do caminho entre Bagé e a Zilertal.

 

O velho Arco.

 

O Arco (saída de Bagé, RS) e a placa Aceguá e Montevidéu.
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