Por Werner Ximendes Beck
Esta é uma história real. Corria o ano de 1787 e bateu uma virose nas plantações de pimenta da Índia. Morreu muita gente de hemorragia, tal era a vasodilatação que causava. Faltou madeira para queimar tantos cadáveres e os indianos mandaram uma delegação para comprar lenha na Vila de Bagé.
A delegação chegou no final de junho. Estava um frio danado e, em cada casa que os membros da delegação indiana chegavam, encontravam um hospitaleiro campeiro esfregando as mãos para aquecer os dedos e dizendo, como dizem até hoje, num mesclado de português e espanhol (ou portunhol, como queiram):
- Chega no más, tchê!
Pois não é que os indianos acharam o máximo a expressão dos campeiros bageenses? Mas, como não entendiam a língua direito, começaram a juntar as mãos e a dizer:
- Namastê! – cada vez que encontravam um vivente.
Então, não me venham enganar, pois a expressão “namastê” é muito gaúcha e foi criada em Bagé.
Miraj, Sacanaj, Viaj, Bobaj e Imaj, chefes da Delegação, que também eram irmãos de Opash, Opesh, Opish, Oposh e Opush, estes encarregados de cortar lenha, a levaram para a Índia. Entretanto, os indianos se negam a admitir que a copiaram dos bageenses.
- Hare baba!
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