quinta-feira, 12 de junho de 2008

A ESTRÉIA

Por Sérgio Moacir Pereira Fontana

E já que o assunto até agora há pouco era o futebol, a minha mãe descobriu esta photo [e é deste jeito aí mesmo, “photo”, devido à antigüidade da coisa] no arquivo familiar, e sugeriu que eu a publicasse no blog. Previdente, o meu pai registrou, na ocasião da revelação do filme, a cidade e a data do flagrante no verso do histórico documento. Faltou só a hora [em torno de 10:30 h].

 

 
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Esta é a minha estréia em uma quadra de futsal [uns anos depois migrei para o futebol-de-campo]. O local é a quadra do Esporte Clube Flamengo, de Bagé, na Rua Caetano Gonçalves, 1350. O clube foi fundado por ferroviários [não sei em que data] e as cores da sua bandeira são o verde e o vermelho. Hoje tem um ginásio esportivo do próprio E.C. Flamengo, no local.
A camisa que eu estou vestindo [com o nº 6 às costas que, evidentemente, não aparece], bem como a simulação do restante do fardamento, é do Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro, apesar de eu ser um fanático torcedor do Grêmio Football Porto Alegrense desde os 4 anos [mais ou menos nessa época aí], quando descobri um time do Grêmio que era assim formado: Arlindo/Alberto, Altemir, Airton, Áureo e Ortunho; Cléo e Sérgio Lopes; Marino, Joãozinho, Alcindo e Vieira.

Voltando à photo, em segundo plano, bem no fundo da tela, mas próximo à minha orelha-de-abano esquerda, aparece o meu pai, Octacílio Fontana [que na época era Telegrafista e Responsável pela Escala de Trens, no escritório da Viação Férrea Rio Grande do Sul e, nas horas vagas, comentarista esportivo da Rádio Difusora (ou Cultura), de Bagé – mas isso eu conto em outra história] de blusão verde escuro [não dá para ver a cor, mas garanto que era verde]; e à esquerda, no canto esquerdo da photo, uns adversários bem maiores do que eu, se fardando. A cor do fardamento "deles", não lembro [aí também seria muita coisa!].

Eu era “metido” e posso afirmar que embora deslocado da minha categoria [recém tinha completado 5 anos] joguei uns 10 minutos, e muito bem, contra os brutamontes de 11 e 12 anos do outro time. Nem a chuva intermitente, nem os piores sintomas de um resfriado [que não contei para a minha mãe, senão ela não me deixaria fazer essa epopéia gloriosa] conseguiram me derrubar. O resultado do jogo não foi dos melhores, mas a euforia da estréia me ajudou a tirar "de letra" a gripe que ameaçava se instalar.

Blog do Serjão: http://oseculoxx.blogspot.com

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