sexta-feira, 29 de junho de 2007

A PROVA DE HISTÓRIA

 

Por Sérgio Fontana

A PROVA DE HISTÓRIA

Sérgio Fontana

Estávamos no 2º Científico (1975) e o professor de História, Getúlio Moraes, resolveu elaborar suas provas com dez questões objetivas, com quatro alternativas (A, B, C e D), das quais somente uma seria correta.
As turmas A e B, do Segundo Ano, tinham aulas de História em horários seqüenciais, separados pelo intervalo do recreio de 15 ou 20 minutos.
Normalmente, as provas eram aplicadas no mesmo dia para as duas turmas, mas com alterações na ordem ou no conteúdo das questões, como de praxe.
Em certa ocasião, no dia da prova, o Lucinei apareceu com uma novidade durante o recreio: a turma A já havia feito a prova e ele havia descoberto que seria aplicada a mesma prova para a turma B.
Como descobrira o gabarito, criou um jeito mnemônico de repassá-lo para os demais:”CÊBÊ, DÊ A BADACA!”, ou seja: 1) C; 2)B; 3)D; 4) A; 5) B; 6) A; 7) D; 8) A; 9) C; e 10) A.
Estabeleceu como regra que, para não dar na vista, seria bom errar algumas, tirar um 8, um 9.
Acontece que alguns espertinhos resolveram “fazer barba, cabelo e bigode” e cravaram um 10 (dez), que deixaram o Prof. Getúlio emocionado.
De toda a turma, somente o Célio Ricardo não participou, por ser muito estudioso e honrado. Sua nota ficou bem abaixo dos demais. Ele tirara 5,0 (cinco).
O Prof. Getúlio estranhou o resultado discrepante e começou a investigar. Acabou descobrindo o esquema.
Na aula seguinte, visivelmente irritado, passou um sabão na turma e disse para o Célio, exatamente com estas palavras:
- Célio, tu não vais ficar com esta nota!
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